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Bebê só precisa de leite materno

16 junho 2015



"Mas você não vai dar água para esse bebê?”, “melhor ele tomar  um chazinho de camomila para aliviar a cólica” ou ainda “coitada dessa criança, dá um suco para ela”. Levanta o mouse aí a mãe que já não ouviu uma ou todas essas frases nos primeiros meses de vida do seu bebê. Apesar de os médicos alertarem que o bebê não precisa tomar nada além do leite materno, sempre há pitacos contrários de tias, avós e cunhadas.

A pediatra e nutróloga da Casa Curumim, Melissa Ramos Morais,  explica que o leite materno supre as necessidades energéticas e de nutrientes de um bebê até o sexto mês de vida, ou seja, nada de água, suco ou chazinho. “O leite materno também tem fatores bioativos que protegem contra doenças infecciosas. Há estudos que mostram proteção contra doenças crônicas e favorecimento a um bom desenvolvimento cognitivo e motor”, comenta a médica.

Ela explica que geralmente é aos seis meses que o bebê tem maturidade corporal e neurológica para receber novos alimentos. “Até lá, o bebê não necessita de outros tipos de leite, alimentos, água, sucos ou chás”, comenta.

O Ministério da Saúde recomenda o leite materno exclusivo até os seis meses de vida e como forma de complemento a outros alimentos até os dois anos ou mais.

A médica explica que a mulher que volta a trabalhar antes dos seis meses de vida do bebê tem alguns direitos garantidos para que possa continuar amamentando. Ou a mãe pode optar em tirar dois intervalos de 30 minutos para tirar o leite, armazenar para ser oferecido ao bebê na sua ausência.

BEBÊS QUE TOMAM LEITE DE FÓRMULA

A médica comenta que os  bebês que tomam leite de fórmula, no entanto, vão precisar tomar água antes. “O bebê que toma fórmulas infantis precisa de água para matar a sede e para os rins funcionarem melhor. Já o que é amamentado no seio materno, em livre demanda [sempre que o bebê quer], mama algumas vezes sem fome só para matar a sede”, explica a médica.

Segundo ela, a introdução dos alimentos para os bebês que tomam leite artificial também só deve ser feita após o sexto mês.

Ela explica que a introdução alimentar não precisa ser feita de forma apressada.  “A introdução alimentar deve ser feita gradativamente, com a consistência adequada (inicialmente purês ou papas) e respeitando aceitação e tolerância do bebê. É importante ofertar de maneira variada, não forçar”, explica a médica
A pediatra diz que os pais não devem estranhar se em um primeiro momento o bebê recusar algum alimento. “Ele pode recusar  por estar estranhando o alimento novo, então, vale oferecer de novo e gradativamente aumentar a consistência para pedaços até a refeição se assemelhar com a da família.”

Melissa explica que é importante sempre ter variedade no cardápio, com frutas, legumes, hortaliças e carnes. “É importante conhecer o histórico alimentar da família, sobre alergias para adiar a introdução de alguns alimentos se necessário”, diz a pediatra. Para ela, é muito importante os pais conversarem e tirarem todas as dúvidas com o pediatra do seu filho.

A pediatra comenta que a introdução alimentar é um período de adaptação e que pode levar dias, semanas, até que o bebê comece a aceitar e comer melhor. Ela ressalta que primeiro deve ser introduzida as frutas e depois a papinha salgada. “O ideal é usar alimentos com consistência macia, inicialmente amassados sem necessidade do uso de liquidificadores ou peneiras”, ressalta.

Melissa diz que o mais importante é respeitar a saciedade da criança, lembrar que é um processo novo e que pode necessitar de um período de adaptação. Ela diz que muitos pais tem usado o BLW (Baby-led Weaning,  ou em tradução livre o desmame que o bebê lidera) na introdução dos alimentos.
“Precisa fazer desse momento algo prazeroso tanto para o bebê quanto para os pais”, aconselha.

Fonte: http://www.maesdepeito.com.br/#!amamentao/c1tj4

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